A pauta ESG está se expandindo e transformando o mundo corporativo, avalia Sonia Consiglio, DG Pionner pelo Pacto Global da ONU e colunista do site Valor Investe. De acordo com seu entendimento, a sigla “mais famosa das galáxias” ganha terreno por dois motivos principais.
O primeiro deles é por uma imposição da realidade. Questões ambientais e sociais podem ter impacto econômico-financeiro sobre as empresas que, por conta disso, se veem obrigadas a assumir posicionamentos em relação a esses temas. Mas não se trata apenas de gerenciar riscos e de se adaptar a um novo mundo. A agenda ESG se expande também por uma questão de oportunidade. Programas para a redução da emissão de carbono ou a favor da inclusão, por exemplo, têm a capacidade de gerar valor quando são implementados.
Mas a concretização da agenda ESG exige que as empresas sejam transparentes e forneçam informações de qualidade. “Eu, como consumidor, quero saber o que a empresa que eu acredito, da qual eu adquiro produtos, está fazendo. Então eu vou procurar informação. Informação de qualidade é a base para a gente avançar nessa agenda”.
Sonia Consiglio acredita que a construção de um mundo mais justo e sustentável só será possível a partir de um esforço coletivo. Ela usa a imagem de um quebra-cabeça para traduzir a possibilidade de um novo futuro. “Tem a peça do governo, a peça do setor privado, da sociedade civil organizada, de todos os públicos. E o mundo ideal é que a gente monte esse quebra- cabeça e esses papéis estejam equilibrados. Nem sempre isso acontece dessa forma. Mas o importante é o entendimento de que o desafio é de todo mundo.”