O povo Krenak, que vive na margem esquerda do Rio Doce (Minas Gerais), é abastecido atualmente por caminhões-pipa, já que não pode beber e usar a água que corre ao lado de sua aldeia. As águas seguem contaminadas por metais pesados cinco anos depois do rompimento da barragem da Samarco. Esse é um exemplo de que vivemos em um mundo no qual a irresponsabilidade ambiental beira a “insanidade”, afirma Ailton Krenak, escritor, ambientalista e líder indígena de renome internacional.
Perdemos a capacidade de ouvir a voz da floresta, ouvir o canto dos rios. Inclusive porque nos rios não está correndo água. Em muitos dos nossos rios está correndo lama ou material tóxico
lamenta Krenak
“Isso chega a ser vergonhoso.”
O depoimento de Ailton Krenak faz parte do documentário Keel,
dirigido por Duto Sperry.