O Brasil desperdiça 40,1% de água potável no caminho entre os reservatórios e as torneiras dos consumidores. A informação, relativa ao ano de 2020, consta de levantamento divulgado pelo Instituto Trata Brasil nesta quarta-feira (1). O percentual de água que se perde nos sistemas de distribuição vem subindo nos últimos anos —era de 38,1% em 2016.
O volume desperdiçado equivale a mais de sete vezes a capacidade do Sistema Cantareira — o maior conjunto de reservatórios para abastecimento do Estado de São Paulo – ou a 7,8 mil piscinas olímpicas cheias. Segundo o Trata Brasil, as perdas seriam suficientes para abastecer 66 milhões de brasileiros durante um ano. Ou seja, poderiam atender quase o dobro dos 35 milhões de brasileiros que não têm água nem para lavar a mão.
Os vazamentos são os principais responsáveis pelo desperdício, mas ligações clandestinas e outros fatores contribuem para o alto percentual de perdas. A região Norte do país tem o maior desperdício (51%). É seguida do Nordeste (46%), Sudeste (38%) e Sul (36%). Com 34%, o Centro-Oeste tem o menor percentual.
O Plano Nacional de Saneamento Básico prevê que, até 2033, a perda na distribuição precisa atingir nacionalmente 31%. Algumas cidades atingem patamares considerados excelentes – abaixo de 25% –, segundo o estudo. Entre elas, Goiânia (GO), Campinas (SP) e Petrópolis (RJ).
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