Em 2015 a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a seus integrantes um conjunto de metas de desenvolvimento sustentável batizada de Agenda 2030. Composta de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), é um esforço conjunto de governos, empresas, instituições e sociedade civil para a superação dos principais desafios socioambientais do planeta.
O setor privado tem um papel decisivo nesse processo por ser, segundo a ONU, um grande detentor de poder econômico, ter enorme capacidade de inovação e ser um engajador de diferentes públicos, entre eles colaboradores, fornecedores e consumidores.
Um estudo realizado por duas pesquisadoras do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), divulgado em 2021, revela que as companhias com práticas socioambientais sustentáveis que atuam no Brasil levam em conta os ODS em seus planos estratégicos.
O trabalho conduzido por Priscila Borin Claro e Nathalia Esteves analisou informações coletadas em 2018 com representantes de 132 empresas, todas signatárias do Pacto Global – a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, lançada pela ONU em 2000.
As pesquisadoras avaliaram se as empresas consideram os ODS em seus planejamentos estratégicos. Os resultados mostram que 94% das companhias analisadas têm o compromisso público de incluir os objetivos em sua estratégia. O fato de se tratar de uma organização doméstica ou multinacional não altera o resultado.
Quanto à priorização dos objetivos, organizações domésticas e multinacionais consideram igualmente todos, sendo os mais relevantes o ODS 8 (trabalho decente e crescimento econômico) e o 3 (saúde e bem-estar). O levantamento verificou, porém, que as multinacionais dão mais peso que as empresas domésticas aos impactos socioeconômicos e ambientais negativos (externalidades) em sua cadeia de valor.
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