Expedições e Eventos

As riquezas do Seridó

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Há algum tempo pensávamos em fazer uma expedição pelo sertão do Seridó. Mas foi em abril passado que começamos a conversar para valer sobre a execução do projeto. Nossa ideia era mergulhar na caatinga potiguar para conhecer sua riqueza natural e humana, entender como as ações antrópicas e as mudanças climáticas ameaçam o bioma e articular maneiras para colaborar com a preservação e a prosperidade desse pedaço do semiárido nordestino.

Passado um período de planejamento, começamos em julho a primeira fase da expedição. Sete pessoas saíram de São Paulo e se encontraram, depois de um voo de três horas e meia e mais 216 quilômetros dentro de dois carros, com o restante da equipe em Acari. Um grupo heterogêneo, formado por profissionais de diferentes campos de saber, mas determinado a contribuir com o desenvolvimento sustentável da região.

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Percorremos cenários surpreendentes — como os corredores de uma mina de tungstênio, sítios arqueológicos com inscrições rupestres, um cânion esculpido por um rio já seco – e vivemos momentos emocionantes, como a visita a uma cooperativa de jovens em um projeto de agricultura familiar e a audição da Alaleluia de Handel executada pela Filarmônica de Acari na catedral da cidade.

Foram dias de integração com uma população que aprendeu a viver em um ambiente inóspito – já são mais de 300 anos de ocupação da região — e que nos passou, sempre com simpatia e boa vontade, todo seu conhecimento sobre a natureza e a vida.

Saímos com a convicção de que não faltam bons projetos e pessoas capazes de fazer do semiárido um lugar melhor para se viver. Mas, para reafirmar as vocações da região, é preciso apoio organizado das instituições e do setor privado da economia brasileira.

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QUEM

De São Paulo, saíram sete pessoas: diretor, diretor de produção, roteirista, publisher da plataforma, diretor do IPBIO, consultor internacional da RBMA da UNESCO, paisagista especialista em expedições. Em Acari, nos esperava a equipe potiguar: produtora, operador de câmera, assistente de câmera, loader, operador de drone, som direto, maquinista, ajudante e motoristas. Saímos em duas vans para cobrir uma agenda de oito locações por dia mais alguns eventos. Enquanto isso, na base da produtora em São Paulo, um produtor executivo, um editor e um assistente davam conta do material.

ONDE?

A região do Seridó potiguar está inserida no bioma Caatinga. A precipitação anual varia de 350 a 800 mm, com média histórica de 600 mm e concentração de chuvas entre janeiro e abril com temperatura média anual acima de 30 graus. É um bioma com características muito específicas em relação a água, paisagem e biodiversidade e que está ameaçado pelas ações antrópicas e pelas mudanças climáticas.


As descobertas da expedição

O sertão é bruto, mas é delicado

Quando descemos do avião em Natal, saídos de uma São Paulo cinzenta, úmida e fria, já se anunciou a diferença para o clima que nos acompanharia nos 4 dias que viriam.

Papel natural no meio do sertão

O arquiteto Oscar Bressane está acostumado a fazer viagens de estudo para pesquisar paisagens e plantas silvestres.

Semeando a vida no sertão

A geógrafa Andreza Viana assumiu um compromisso com a vida na região do Seridó potiguar. Todos os dias ela recebe de colaboradores sementes de espécies nativas da caatinga.

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